Autor do Livro Humanidade Contra
as Cordas que analisa como as formas de governança podem contribuir para vencer
os desafios socioambiental da atualidade, o advogado Eduardo Felipe Pérez
Matias fez um levantamento sobre a aplicação de instrumentos de precificação de
carbono ao redor do mundo.
O Brasil, segundo ele, ainda
patina nessas questões, enquanto outros países estão dando exemplo de como
setores poluentes podem ser onerados e setores sustentáveis, desonerados.
Matias conta que o primeiro
imposto sobre o carbono surgiu na Finlândia, em 1990.
Em seguida, Noruega e Suécia
avançaram no mesmo sentido, em 1991, e a Dinamarca em 1994. Na América Latina,
diversas nações já adotaram impostos sobre o carbono como Chile, Colômbia e
México.
De acordo com o autor do livro,
um levantamento realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), em 2017, que trata de tributos relacionados a aspectos
ambientais de forma geral, mostra a defasagem do Brasil na adoção desse tipo de
instrumento.
O estudo revela que, no Brasil,
os impostos relacionados a questões ambientais representam apenas 0,65% do PIB.
Por outro lado, há diversos países em que esses índices vão de 3% a 4%, como na
Turquia, Holanda, Itália e Dinamarca.
Em países como Chile, Paraguai e
Argentina, esse percentual é o dobro do brasileiro . “A sustentabilidade é uma
tendência sem volta. Ao não compreender essa realidade e não agir para
acompanhar esse movimento, o Brasil perde uma oportunidade e corre o risco de
ficar para trás”, atesta Matias.
Publicado originalmente na edição 2019 da Revista da Lata,
publicação da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio, p.
37.
Avenida Paulista, 1842,16º andar • Conjunto 165 01310-200 – São Paulo/SP – Brasil
+55 (11) 3528-0707
Atuação: COMERCIAL, CONTRATOS E INTERNACIONAL, INOVAÇÃO E STARTUPS, SOCIETÁRIO, SUSTENTABILIDADE