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“Participação do NELM - Workshop de Capacitação – Parecerias intersetoriais de sustentabilidade realizado pela Rede Brasileira do Pacto Global.”

13 Junho 2014/ E,M Sustentável/
Maio de 2014

“Workshop de  Capacitação – Parecerias intersetoriais de sustentabilidade” realizado pela Rede Brasileira do Pacto Global.

O Pacto Global, desde 2000, vem envidando esforços para promover o engajamento do setor privado nas ações de sustentabilidade, considerando a importância do tema na atualidade e sua contribuição para um mundo melhor, tendo como uma de suas essências a criação e o desenvolvimento de parcerias entre seus membros.

A Rede Brasileira do Pacto Global foi criada em 2003 e hoje é a maior rede local, com 603 participantes. Em 2013 foi criada a plataforma “Arquitetos de um mundo melhor” exatamente com o objetivo de promover parcerias entres as indústrias e corporações do setor privado em geral e governo, estando, desde então, sendo analisadas formas de promover e incentivar essas parcerias.

Em razão do Brasil ter sido um dos países escolhidos para aprimorar as parcerias, foi desenvolvido um projeto piloto para unir as organizações e auxiliar no alcance deste objetivo através da integração dos participantes do Pacto Global, cujo desenvolvimento observou os principais Grupos Temáticos (GT) que atuam nas áreas de educação, saúde, água, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Para facilitar as parcerias foi realizado um mapeamento da Rede Brasileira do Pacto Global em que se constatou que 20% dos inscritos tem interesse no desenvolvimento de parcerias (alinhados ao perfil e experiência de cada um), além da existência de algumas parcerias em andamento com tendência para integração com atores internacionais e expectativa de desenvolvimento, apesar da necessidade da capacitação dos atores que, atualmente, ainda têm pouca especialização.

A proposta do Workshop foi apresentar este projeto piloto, demonstrando as formas e etapas para constituição das parcerias e para estabelecer como meta a busca por um aumento no valor agregado dos projetos e seu desenvolvimento, além de abrir espaço para as conexões, que poderão ser feitas por meio da Rede Brasileira do Pacto Global e de algumas plataformas que já foram criadas e estão sendo alimentadas pelos interessados. 

Mas o que é uma parceira? Não existe uma definição única, mas se pode dizer que a parceira é um relacionamento entre setores que combinam recursos, não apenas financeiros, e compartilham riscos e recompensas para alcançar um objetivo único, de modo que sejam superadas as dificuldades humanas e os problemas dos atores envolvidos, para que o projeto ultrapasse esta barreira e vá além. 

A constituição das parcerias exige que as empresas tenham visões e objetivos comuns (commom vision/objectives), ou seja, elas devem alinhadas, independente de fazerem parte do mesmo ramo, mesmo setor, etc.; aliás, a intenção é aprimorar a interação entre os diferentes setores (público e privado), devendo ser estabelecido o que é comum entre as partes com o intuito de verificar se seria possível, viável e duradoura a parceria.

Existe também um projeto para a formação dos chamados Match Makers, que auxilia na formação da parceria, analisando os projetos, objetivos e busca os melhores parceiros para cada uma das instituições, estando claro que a duração da parceria dependerá, única e exclusivamente, dos envolvidos, podendo existir um corretor (broker) para fiscalizar as ações, interações e objetivos. Para que a parceria se desenvolva, seja produtiva e duradoura existem três princípios que devem ser observados:

1-      Equidade: Os parceiros têm o mesmo ‘poder’ na parceria, não importando o valor financeiro investido por um ou outro, as decisões devem ser tomadas em conjunto (Power Imbalance);

2-      Transparência: Os objetivos de cada parte interessada devem ser declarados à outra parte, desde o início, facilitando o relacionamento do ‘ganha-ganha’, ou seja, em que todas as partes se beneficiam;

3-      Benefício Mútuo: Cada parceiro deve ser responsável pelos ganhos dos demais, pelo alcance dos objetivos alheios, isso porque, para que a parceria seja forte e duradoura, além de buscar seus próprios objetivos, o parceiro deve buscar também os esforços dos demais.

Para o Match Makers foi desenvolvida uma metodologia padronizada para constituição das parcerias, a qual envolve a identificação do que uma empresa tem e o que falta ou o que ela busca para que o projeto seja posto em prática, para que sejam iniciados os contatos com alinhamento das parcerias e objetivos e, posteriormente, sua transformação em ação.

Evidente que é comum que as organizações cometam erros na formação de suas parcerias, mas antes de encerrá-las (sim, as parcerias podem ser replicadas, estendidas ou encerradas), os parceiros devem primeiramente buscar a correção do erro, e por isso existe a revisão e avaliação, que pode ser feita pelo Brokerse pelas próprias empresas, mutuamente.

Assim, para que a parceria dê certo para todos os envolvidos deve-se alinhar os parceiros corretos e a busca de resultados comuns, identificando o que é estrategicamente importante e que tenha valor na relação, haja engajamento e seja enjoyable.

Já estão disponíveis duas ferramentas da UNGC para conhecer e desenvolver parcerias, que são a Partnership Hub (https://businesspartnershiphub.org/ é uma plataforma para postar e promover projetos e ações – tem um banco de dados das ações em progresso e permite a conexão direta entre as empresas e organizações) e a Collaboration Lab (ambiente para desenvolvimento e manutenção de parcerias).

Desta forma, no desenvolvimento das parcerias o Pacto Global pode oferecer os BrokersMatch Makers e o alinhamento de linguagens, além da capacitação, incubação e aceleração no processo de parcerias.

 

 


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