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E,M TECH NEWS - NOVA ALIANÇA VISA LICENCIAMENTO ÉTICO DE DADOS PARA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

06 Setembro 2024/ Notícias & Artigos/

A Dataset Providers Alliance (DPA), um grupo recém-formado, está procurando promover padrões éticos para o licenciamento de dados utilizados no treinamento de ferramentas de inteligência artificial (IA). Composta por sete empresas de licenciamento de IA, como Rightsify, Pixta, e Calliope Networks, a aliança defende a implementação de um sistema "opt-in". Nesse modelo, os criadores e detentores de direitos precisam dar consentimento explícito para que seus materiais sejam utilizados, o que representaria uma mudança significativa em relação às práticas atuais, onde dados "publicamente disponíveis" são utilizados sem autorização formal.

A DPA critica fortemente o uso de sistemas "opt-out", que atribuem aos criadores a responsabilidade  de remover seus conteúdos de plataformas de IA. Executivos como Ed Newton-Rex, da Fairly Trained, argumentam que esses sistemas são injustos, pois muitos criadores não estão cientes quando a opção de exclusão é oferecida. Por outro lado, a DPA acredita que o sistema "opt-in" é mais ético e justo, além de ser uma forma de evitar ações judiciais e aumentar a credibilidade no mercado de IA.

Contudo, a implementação do "opt-in" enfrenta desafios. A quantidade de dados necessária para treinar modelos de IA modernos é enorme, o que pode levar a uma escassez de dados ou a custos elevados para licenciamento sob o regime "opt-in". Apenas grandes empresas de tecnologia poderiam se dar ao luxo de licenciar toda a quantidade de dados necessária.

Além de propor o "opt-in", a DPA sugere cinco estruturas de compensação para assegurar que os criadores sejam pagos de forma justa por seus dados. As propostas incluem modelos de assinatura, licenciamento baseado no uso, e licenciamento baseado em resultados, onde royalties são vinculados aos lucros obtidos com o uso dos dados. Essas estruturas são aplicáveis a diversos tipos de conteúdo, como música, imagens, filmes, TV e livros.

A aliança também defende o uso de dados sintéticos, gerados por IA, desde que a informação utilizada para pré-treinamento seja licenciada corretamente e que haja transparência na criação desses dados. A DPA sugere avaliações regulares dos modelos de dados sintéticos para mitigar possíveis preconceitos e questões éticas.

A DPA se posiciona contra regulamentações governamentais rígidas para o licenciamento de dados, preferindo um "mercado livre", onde criadores de dados e empresas de IA possam negociar diretamente. A criação da DPA pode ser um indício de que a era de uso irrestrito e não regulamentado de dados para IA está terminando, embora o sucesso da aliança dependa da adesão dos principais players do setor, que até agora tem sido limitada.

Acompanhe o E,M Tech News semanalmente, seguindo os perfis do Elias, Matias Advogados no LinkedInInstagram e Facebook. Toda sexta-feira, o GT-IA e a área de Inovação e Startups do escritório compartilharão uma notícia atual sobre tecnologia e analisarão seus impactos jurídicos.

Fontes: Wired | Reuters

 



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