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E,M TECH NEWS - Google identificará de imagens geradas por IA

20 Setembro 2024/ Notícias & Artigos/

O Google anunciou que implementará, ainda este ano, um sistema de identificação de imagens geradas ou editadas por IA nos resultados de busca. Essa iniciativa utiliza os metadados C2PA (Coalition for Content Provenance and Authenticity), projetados para rastrear a origem das imagens e permitir que os usuários verifiquem se foram manipuladas ou criadas artificialmente. O objetivo é aumentar a transparência, especialmente em um contexto de crescente proliferação de deepfakes, que podem ser utilizados para desinformação e fraudes. Essa movimentação do Google reflete esforços globais para garantir que a IA seja usada de maneira ética e responsável.

No entanto, a adoção do padrão C2PA enfrenta obstáculos significativos. Embora empresas como Microsoft, Adobe e Google apoiem o padrão, ele ainda não é amplamente implementado em dispositivos de grandes fabricantes, como a Apple, e plataformas digitais não exibem consistentemente os metadados ao público. Paralelamente, recentes esforços legislativos globais como EU I.A. Act, regulamento da União Europeia, obriga que sistemas de IA que geram conteúdos sintéticos de áudio, imagem, vídeo ou texto assegurem que os resultados sejam marcados de maneira legível por máquina, indicando claramente que foram gerados ou manipulados artificialmente. Essa medida visa garantir que as soluções técnicas sejam eficazes e interoperáveis, mas reconhece as limitações técnicas e o estado atual da arte no desenvolvimento de IA.

Essas regulamentações ganham ainda mais relevância quando analisamos o impacto crescente dos deepfakes. As estimativas indicam que as perdas financeiras globais relacionadas a deepfakes saltarão de US$ 12,3 bilhões em 2023 para US$ 40 bilhões até 2027. O uso de deepfakes em fraudes e manipulações, especialmente no setor bancário, está em ascensão, com vídeos e áudios falsificados sendo amplamente utilizados para enganar empresas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro, atento a essas ameaças, regulamentou a proibição do uso de deepfakes nas eleições de 2024, impondo a obrigatoriedade de aviso sobre o uso de IA em conteúdos eleitorais, além de sanções rigorosas para aqueles que violarem essas regras.

O mesmo ocorre a nível global, uma vez que a Convenção-Quadro do Conselho da Europa sobre inteligência artificial e direitos humanos, democracia e Estado de direito (CETS Nº 225), tratado europeu que visa proteger os direitos humanos e a democracia no uso de IA, reforça a necessidade de transparência e supervisão em sistemas de IA. O tratado também incentiva que os países signatários adotem mecanismos para identificar conteúdos gerados por IA, garantindo que tecnologias como os deepfakes não sejam usadas para comprometer a integridade de processos democráticos.

O posicionamento do Google e o avanço de regulamentações como o EU I.A. Act, o CETS 225 e as resoluções do TSE refletem uma resposta global coordenada às ameaças representadas pela IA, em particular pelos deepfakes. Ao exigir que conteúdos gerados artificialmente sejam claramente identificados, essas regulamentações buscam mitigar o risco de manipulação e garantir que os cidadãos possam confiar nas informações que consomem. Em última instância, essas iniciativas são essenciais para proteger a integridade dos processos democráticos e assegurar que a IA seja utilizada de forma ética e responsável em todas as esferas da sociedade.


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Fontes: This system can sort real pictures from AI fakes — why aren’t platforms using it? - The Verge  |  Deepfake attacks will cost $40 billion by 2027 | VentureBeat | Deepfake attacks will cost $40 billion by 2027 | VentureBeat



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