Os avanços recentes na computação
quântica, exemplificados pelo processador Willow da Google, superam desafios
históricos da área. Com 105 qubits, o Willow corrigiu um obstáculo de longa
data: a alta taxa de erros devido ao “ruído” quântico. Utilizando qubits
lógicos, ele reduz exponencialmente as falhas sem comprometer a escalabilidade,
um marco que possibilita a aplicação prática de sistemas quânticos em larga
escala.
Porém, essa inovação também gera
preocupações no campo da segurança cibernética. Sistemas de criptografia
atuais, baseados na dificuldade de resolver problemas matemáticos complexos,
são altamente eficientes contra computadores convencionais porque exigem
trilhões de operações para decifrar dados, um processo que levaria milhares de
anos com a tecnologia atual. No entanto, computadores quânticos, que processam
informações em velocidades incomparáveis por meio de princípios como
superposição e emaranhamento, podem quebrar esses sistemas em questão de
minutos, comprometendo significativamente a segurança dos dados.
Este cenário futuro poderá exigir
revisões nas legislações de proteção de dados, como a LGPD no Brasil e o GDPR
na União Europeia, além de novas pesquisas e o desenvolvimento de criptografia
pós-quântica e auditorias regulares para identificar vulnerabilidades. Pode
requerer, ainda, a adoção de normas específicas para mitigar os riscos que a
computação quântica traz para transações bancárias, autenticações digitais,
redes privadas virtuais (VPNs), assinaturas digitais e sistemas de proteção de
e-mails, uma vez que, com a capacidade de quebrar sistemas de criptografia
amplamente utilizados, os computadores quânticos podem comprometer dados
financeiros e pessoais em larga escala, exigindo soluções robustas que
antecipem cenários de ataque e assegurem a integridade e a confidencialidade
das transações.
Será necessária, também, a
implementação de criptografias pós-quânticas que resistam a ataques quânticos,
bem como investimentos em tecnologias de segurança e protocolos avançados de
correção de erros. Esse reforço é essencial para proteger dados sensíveis e
garantir a segurança de transações financeiras e pessoais diante do impacto
potencial das novas tecnologias quânticas. Embora o Willow represente um marco
científico, também ressalta os desafios jurídicos e tecnológicos na proteção de
informações. As empresas e governos devem atuar proativamente para mitigar
riscos e promover soluções seguras na era quântica.
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do escritório compartilharão uma notícia atual sobre tecnologia e analisarão
seus impactos jurídicos.
Fonte: Google
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