A Justiça dos EUA decidiu que a
startup Ross Intelligence violou direitos autorais ao utilizar materiais da editora
Thomson Reuters. A decisão pode impactar o futuro da IA generativa e sua
relação com o uso de conteúdos protegidos.
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Título: Justiça dos EUA Decide
que Startup de IA Violou Direitos Autorais
Texto da matéria: A recente
decisão judicial nos Estados Unidos favorável à Thomson Reuters em um caso de
direitos autorais contra a startup de IA Ross Intelligence, marca um ponto de
inflexão nas disputas entre empresas de inteligência artificial (IA) e
detentores de direitos autorais. O veredicto, emitido pelo juiz Stephanos
Bibas, da Corte Distrital de Delaware, estabeleceu que a Ross Intelligence
violou direitos autorais da Westlaw, unidade de pesquisa jurídica da Thomson
Reuters, ao reproduzir seus materiais sem autorização.
O caso levantou questões
fundamentais sobre a doutrina do fair use (uso justo), frequentemente invocada
pelas empresas de IA para justificar o uso sem permissão de conteúdo protegido
por direitos autorais. Nos Estados Unidos, a análise de fair use envolve quatro
fatores principais: propósito e caráter do uso, natureza do trabalho original,
quantidade e substancialidade da parte utilizada e efeito sobre o mercado da
obra original. No caso em questão, a Thomson Reuters obteve decisão favorável
especialmente com base no quarto critério, pois o juiz considerou que a Ross
Intelligence tentou desenvolver um produto concorrente ao Westlaw, prejudicando
o seu mercado.
O veredicto contra a Ross
Intelligence representa um revés para empresas de IA generativa que possam depender
de bases de dados com materiais protegidos para treinar seus modelos.
Atualmente, diversas disputas judiciais semelhantes estão em andamento nos EUA,
Reino Unido, Canadá e China, envolvendo grandes players como OpenAI e Google.
Especialistas indicam que a decisão pode impactar futuras ações judiciais,
inclinando o judiciário a rejeitar a aplicação do fair use por empresas de IA.
O professor de direito digital da Cornell University, James Grimmelmann,
comentou que, se essa tendência for seguida em outras instâncias, pode
representar um obstáculo significativo para as empresas de IA, que terão
dificuldades em argumentar que seus modelos não violam direitos autorais.
A discussão sobre a relação entre
IA e direitos autorais está longe de ser resolvida. O crescimento das
tecnologias de IA generativa traz desafios para regulação jurídica e ética,
especialmente no que diz respeito à proteção de conteúdo intelectual. O caso da
Thomson Reuters contra Ross Intelligence reforça a necessidade de um arcabouço
legal mais claro e atualizado para lidar com essa nova realidade. Por um lado,
é essencial garantir que criadores e detentores de direitos recebam o devido
reconhecimento e remuneração pelo uso de seus materiais. Por outro, também é
importante incentivar o avanço tecnológico e a inovação na IA. O equilíbrio
entre esses interesses será um dos principais desafios jurídicos na era digital.
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Fontes: Tomson Reuters Wins First | Training AI Model | Judgen Rejects Fair
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