Carregando...

Publicações

E,M TECH - JUSTIÇA DOS EUA DECIDE QUE STARTUP DE IA VIOLOU DIREITOS AUTORAIS

14 Fevereiro 2025/ Notícias & Artigos/

A Justiça dos EUA decidiu que a startup Ross Intelligence violou direitos autorais ao utilizar materiais da editora Thomson Reuters. A decisão pode impactar o futuro da IA generativa e sua relação com o uso de conteúdos protegidos.

Saiba mais em: eliasmatias

Não perca nossos posts semanais e mantenha-se informado sobre os reflexos das últimas inovações tecnológicas no mundo do Direito! Para acompanhar o E,M Tech, siga nossos perfis no Instagram, Facebook e LinkedIn.

#InteligênciaArtificial #DireitoDigital #IA #DireitosAutorais #FairUse #ProteçãoIntelectual #DisputaJudicial

Título: Justiça dos EUA Decide que Startup de IA Violou Direitos Autorais

Texto da matéria: A recente decisão judicial nos Estados Unidos favorável à Thomson Reuters em um caso de direitos autorais contra a startup de IA Ross Intelligence, marca um ponto de inflexão nas disputas entre empresas de inteligência artificial (IA) e detentores de direitos autorais. O veredicto, emitido pelo juiz Stephanos Bibas, da Corte Distrital de Delaware, estabeleceu que a Ross Intelligence violou direitos autorais da Westlaw, unidade de pesquisa jurídica da Thomson Reuters, ao reproduzir seus materiais sem autorização.

O caso levantou questões fundamentais sobre a doutrina do fair use (uso justo), frequentemente invocada pelas empresas de IA para justificar o uso sem permissão de conteúdo protegido por direitos autorais. Nos Estados Unidos, a análise de fair use envolve quatro fatores principais: propósito e caráter do uso, natureza do trabalho original, quantidade e substancialidade da parte utilizada e efeito sobre o mercado da obra original. No caso em questão, a Thomson Reuters obteve decisão favorável especialmente com base no quarto critério, pois o juiz considerou que a Ross Intelligence tentou desenvolver um produto concorrente ao Westlaw, prejudicando o seu mercado.

O veredicto contra a Ross Intelligence representa um revés para empresas de IA generativa que possam depender de bases de dados com materiais protegidos para treinar seus modelos. Atualmente, diversas disputas judiciais semelhantes estão em andamento nos EUA, Reino Unido, Canadá e China, envolvendo grandes players como OpenAI e Google. Especialistas indicam que a decisão pode impactar futuras ações judiciais, inclinando o judiciário a rejeitar a aplicação do fair use por empresas de IA. O professor de direito digital da Cornell University, James Grimmelmann, comentou que, se essa tendência for seguida em outras instâncias, pode representar um obstáculo significativo para as empresas de IA, que terão dificuldades em argumentar que seus modelos não violam direitos autorais.

A discussão sobre a relação entre IA e direitos autorais está longe de ser resolvida. O crescimento das tecnologias de IA generativa traz desafios para regulação jurídica e ética, especialmente no que diz respeito à proteção de conteúdo intelectual. O caso da Thomson Reuters contra Ross Intelligence reforça a necessidade de um arcabouço legal mais claro e atualizado para lidar com essa nova realidade. Por um lado, é essencial garantir que criadores e detentores de direitos recebam o devido reconhecimento e remuneração pelo uso de seus materiais. Por outro, também é importante incentivar o avanço tecnológico e a inovação na IA. O equilíbrio entre esses interesses será um dos principais desafios jurídicos na era digital.

Acompanhe o E,M Tech News quinzenalmente, seguindo os perfis do Elias, Matias Advogados no LinkedIn, Instagram e Facebook. Toda sexta-feira, o GT-IA e a área de Inovação e Startups do escritório compartilharão uma notícia atual sobre tecnologia e analisarão seus impactos jurídicos.

Fontes: Tomson Reuters Wins First | Training AI Model | Judgen Rejects Fair



Publicações relacionadas


Comentários/ 0


DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por Advogado
Por data

RECEBA NOSSAS NEWSLETTERS