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EM SUA COLUNA NO ESTADÃO/BROADCAST, EDUARDO FELIPE MATIAS ANALISA A O CASO MUSK VS. OPENAI E A CHEGADA DA IA GERAL

14 Maio 2024/ Notícias & Artigos/

Em sua coluna neste mês no Estadão/Broadcast, Eduardo Felipe Matias aborda a complexa disputa legal envolvendo Elon Musk e a OpenAI, destacando a importância para esse caso da definição do surgimento da inteligência artificial geral (AGI).

Musk acusa a OpenAI, junto a seus cofundadores Samuel Altman e Gregory Brockman, de violar o acordo fundacional da organização, que previa o desenvolvimento de uma AGI para o benefício da humanidade, mantendo-se sem fins lucrativos. A controvérsia decorre do licenciamento exclusivo do GPT-4 para a Microsoft, levantando questões sobre a conformidade com a missão original da OpenAI.

Matias destaca a importância deste processo, explicando que "um negócio de bilhões de dólares está em jogo nessa discussão". Ele cita Musk, que argumenta que a AGI deveria ser distribuída de forma aberta e ampla, conforme prometido originalmente. O artigo explora a rápida evolução das inteligências artificiais generativas, que começou com o lançamento do GPT-3 em 2020, desencadeando uma revolução tecnológica que muitos acreditam ser o prelúdio da AGI.

O autor revela como essa evolução desencadeou uma mudança de perspectiva na comunidade científica. O artigo publicado no ano passado por um grupo de pesquisadores da própria Microsoft que testou o GPT-4, intitulado “Centelhas de Inteligência Artificial Geral”, que concluiu que, dada a amplitude e a profundidade das capacidades daquele modelo, “ele poderia razoavelmente ser visto como uma versão inicial (ainda que incompleta) de um sistema de AGI” foi aproveitado por Musk em sua argumentação. Matias também aborda as visões opostas, de figuras como Geoffrey Hinton, que questionam se tais avanços realmente equivalem a uma AGI completa.

Este cenário complexo é agravado pelas implicações da definição de AGI. A OpenAI define AGI como o ponto em que sistemas superam humanos na maioria dos trabalhos economicamente valiosos, uma métrica que poderia ter consequências significativas para a licença concedida à Microsoft.

No final do artigo, Matias ressalta que a resolução deste conflito agora está nas mãos dos tribunais, que enfrentarão o desafio de interpretar acordos fundacionais frente ao avanço tecnológico sem precedentes.

Artigo originalmente publicado em 10 de maio de 2024 no Estadão/Broadcast.



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