O E-Social, sistema unificado do
governo com informações sobre os trabalhadores, será substituído em janeiro por
uma nova plataforma, segundo secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, adicionando que até lá o E-Social terá as exigências
praticamente cortadas pela metade.
Segundo ele, em janeiro de 2020 vão ser
implementados dois novos sistemas. Um para grandes e médias empresas, “já
simplificado e desburocratizado”; e outro para pequenas e microempresas, “ainda
mais simplificado”. A iniciativa afetará o uso do eSocial para empregados
domésticos. “A ideia é também simplificar para o empregador individual”
“O fato de ser dois sistemas não quer
dizer que vai aumentar a complexidade. Serão dois sistemas bem mais simples”,
promete o secretário. Conforme Marinho, os novos sistemas não incluirão
informações tributárias. “A ideia é que a Receita Federal disponibilize a
partir de janeiro [de 2020] um sistema próprio diferenciada e também
simplificado. E que remanesça no sistema a área de trabalho e de previdência”.
“Nós esperamos pelo menos a diminuição dos
layouts atuais (...) A ideia é ter uma ferramenta de gestão e de controle da
área de trabalho e da previdência que seja amigável por um lado, e por outro
que seja confortável – tanto para quem precisa fazer a gestão pública, que é o
governo federal, quanto por quem tem a necessidade de passar essas
informações”, explicou.
De acordo com o secretário, até a
modificação definitiva o sistema permanece em uso e será “customizado” para
facilitar o uso. Marinho assinalou que haverá uma sistemática de migração para
“não prejudicar” as empresas que investiram “tempo e dinheiro” na alimentação
do eSocial.
No processo de simplificação, deixarão
de ser requeridas, por exemplo, informações como título de eleitor, registro de
identidade e PIS/Pasep. A ideia é que o CPF seja o número de identificação
chave para todas as consultas.
Permanecerão no sistema os dados
referentes à folha de pagamento e férias, numa plataforma focada nas obrigações
trabalhistas e previdenciárias decorrentes de lei.
Segundo o secretário especial de
Produtividade e Emprego, Carlos da Costa, as mudanças vêm após centenas de
audiências com entidades representativas que apontaram o E-Social como maior
entrave burocrático às suas atividades.
O novo sistema que será criado terá
gradações, com mais exigências para empresas de maior porte. Ele reunirá
somente as informações previdenciárias e trabalhistas, com os dados da Receita
Federal — hoje inseridos no E-Social — ficando à parte, num outro sistema.
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