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E, M TAX - VAREJO VENCE DISPUTA SOBRE A RESTITUIÇÃO DE ICMS NO JUDICIÁRIO

03 Setembro 2024/ Notícias & Artigos/

Em uma disputa tributária de grande impacto financeiro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), as empresas varejistas obtiveram, no último mês, uma vitória significativa a favor dos contribuintes.

 No cenário tributário atual, o recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS) faz com que os estados calculem uma base de cálculo e cobrem o imposto dos primeiros contribuintes – importadores e indústrias. Essa modalidade de recolhimento do imposto em nome dos demais ao longo da cadeia de produção e distribuição, baseada em uma estimativa do valor que será cobrado do consumidor final, é chamada de Substituição Tributária.

 Ocorre que o encargo tributário não incide apenas na indústria, mas pesa diretamente no setor varejista. Quando a estimativa aplicada na base de cálculo é maior do que o valor real da operação, ou seja, nem sempre coincide com o valor real da mercadoria vendida ao consumidor final, como ocorre, por exemplo, em casos em que empresas como supermercados adquirem o produto com uma base de cálculo presumida alta, mas acabam vendendo-o por um valor menor.

 Nesse sentido, ao constatarem o recolhimento a maior e solicitarem a restituição, os estados não aceitavam o pedido devido à dificuldade de comprovação dos valores que foram repassados aos consumidores finais.

 Dessa forma, após o julgamento do STJ, os pedidos de restituição ou compensação de valores pagos a maior nesse regime de substituição tributária “para frente” serão facilitados, pois a decisão favorável supera algumas exigências que o fisco utilizava para negar os pedidos de restituição das empresas.

 Vale mencionar, ainda, que, de acordo com o vice-presidente da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), se o julgamento tivesse sido desfavorável, impedindo a restituição pelas empresas varejistas, poderia haver um aumento de 5% nos preços de alguns produtos para os consumidores finais, prejudicando o poder de compra da população brasileira.

 Na prática, quatro das principais redes de varejo do país têm, juntas, R$ 2,4 bilhões de ICMS-ST a recuperar nos próximos anos, de acordo com os últimos balanços contábeis das empresas, publicados em junho pelo jornal Valor.

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